segunda-feira, 4 de maio de 2009

Maldivas serão engolidas pelo mar em cem anos

( Pesquisa feita pelos alunos do 1º ano B )

Presidente junta dinheiro para migrar população.

Confira o vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=kJHe5SNV4yc

Cientistas reunidos na Dinamarca deram o alerta: o aquecimento global vai elevar o nível dos oceanos bem mais rápido do que o previsto. Por causa do derretimento da calota polar, o mar pode subir mais de um metro até 2.100.
Trata-se de um país que vai desaparecer sob as águas e onde o presidente já está juntando dinheiro para comprar terras em outro lugar e transferir a população.

As pequenas Ilhas das Maldivas são tão frágeis quanto belas. A maioria é menor do que um campo de futebol. Bancos de areia, que as ondas fazem mudar de forma ao longo dos anos.

No país, aquecimento global não é uma ameaça - é uma sentença de morte por afogamento. São 1.2 mil ilhas e geralmente quem chega à praia já alcança a altitude máxima, em média 1,20 metro.

Em todo o arquipélago, não há um ponto de terra sequer acima de dois metros e meio. Por isso, quando os oceanos começarem a subir por causa do aquecimento global, as Maldivas devem ser a primeira nação a desaparecer sob as águas. Uma Atlantis dos tempos modernos, vítima não da natureza, nem da ira dos deuses, mas da ação humana.

Do portão em frente ao palácio, o jovem presidente das Maldivas vê o mar, e as diferenças que já chegaram.

Com apenas 3 mil carros e nenhuma grande indústria, as Maldivas quase não emitem gases que provocam o efeito estufa. Na capital, Malé, vivem 100 mil pessoas, um terço da população do país.

Ela foi cercada por um muro que pode proteger contra as tempestades, cada vez mais fortes. Mas não será suficiente para conter as águas. Na previsão mais otimista dos cientistas da ONU, em 100 anos 75% das ilhas terão desaparecido. Na mais pessimista, nada vai sobrar do arquipélago.

Por isso, o presidente criou um fundo, uma espécie de poupança nacional, para comprar terras e mudar o país inteiro quando seu povo for expulso do paraíso.

A história das Maldivas tem 4 mil anos. Estendidos por uma faixa de 800 quilômetros entre a Índia e o Sri Lanka, eles têm língua e escrita próprias. Vivem da pesca, principalmente do atum. Os pescadores pouco falam da ameaça do clima. Mas reclamam que mal reconhecem o calendário tradicional baseado no clima. As chuvas aparecem fora de época, as tempestades são mais fortes. As marés parecem não ser mais controladas pela lua.

O país muçulmano, no qual até para tomar um banho de mar algumas mulheres ficam cobertas até a cabeça, está se democratizando. Os jovens se revoltam contra os países ricos, que poluem, e reconhecem a necessidade de se adaptar para o futuro.

A poucos minutos de barco da capital, Hulumale é uma tentativa de adaptação. Cheia de avenidas largas, prédios residenciais, escolas novinhas. É uma ilha artificial, feita de aterro, um metro e meio mais alta do que as outras. Ao todo, 50 mil pessoas estão se mudando para lá. Mas construir ilhas altas para toda a população seria mais caro do que comprar terras no exterior.

Índia, Sri Lanka e Austrália seriam as opções mais fáceis. Mas os governos ainda nem foram sondados para saber se aceitariam um país dentro do seu país. E depois, sem as ilhas, onde os pescadores vão pescar? De onde virá a renda, hoje baseada no turismo de luxo?

Dezenas de ilhas das Maldivas são hotéis caríssimos, nos quais a diária pode passar dos R$ 3 mil. Serviços impecáveis. Pense em conforto, relaxamento - tudo está disponível. Até o álcool, proibido na capital. Mas o grande luxo mesmo, é a paisagem.

Muitos hotéis já fazem barreiras, deslocam areia de um lugar para o outro, tentando impedir que as ondas carreguem o terreno frágil. Mas os cientistas já perceberam que a melhor proteção está debaixo da água, os arrecifes de corais.

Em um laboratório, pesquisadores descobriram como dar uma “mãozinha” para a natureza.

A barreira de corais fica tão perto da praia que não é preciso nem de barco pra mergulhar. Dá para ir andando.

A cem metros da praia, a barreira. Logo vemos uma grande estrutura de metal, em forma de uma flor de lótus, na qual várias espécies de coral florescem. A estrutura é alimentada com uma pequena corrente elétrica - ela atrai o calcário, que se junto ao metal formando uma pedra, a base para os corais.

Assim, eles crescem numa velocidade duas vezes maior no primeiro ano do que em condições naturais. Os corais são a origem da vida nas ilhas - mesmo a areia é feita de coral morto. Sem eles, as Maldivas não existiriam.

“É tudo uma questão de tempo. A mudança climática vai chegar primeiro às Maldivas. Depois, vai bater à nossa porta.”

Um comentário:

Anônimo disse...

E Isso ae é o MEU!!
hehehe